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A palavra anfíbio,
de origem grega, significa "vida dupla", porque esses animais são
capazes de viver no ambiente terrestre na fase adulta, mas dependem da
água para a reprodução.
Na evolução da vida no nosso planeta, os anfíbios foram os primeiros vertebrados a ocupar o ambiente terrestre,
embora não efetivamente. Além de possuírem uma pele muito fina que não
protege da desidratação, eles colocam ovos sem casca, que ficam
ressecados se permanecerem fora da água ou de ambientes úmidos. Assim,
esse grupo de animais, não é independente da água, já que pelo menos uma fase da vida, da maioria dos anfíbios, acontece na água e eles precisam dela para a reprodução.
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Cobertura e temperatura do corpo
Não possuem pêlos nem escamas externas.
São incapazes de manter constante a temperatura de seu corpo, por isso
são chamados animais de sangue frio (pecilotérmicos).
A pele fina, rica em vasos sanguíneos e
glândulas, através da respiração, permite-lhes, a absorção de água, que
funciona como defesa orgânica. Quando estão com "sede", os anfíbios
encostam a região ventral de seu corpo na água e a absorvem pela pele.
As glândulas em sua pele são de dois tipos: mucosas, que produzem muco, e serosas,
que produzem veneno. Todo o anfíbio produz substâncias tóxicas. Existem
espécies mais e menos tóxicas e os acidentes com humanos somente
acontecerão se essas substâncias entrarem em contato com as mucosas ou
sangue.

Salamandra
Respiração
No estágio da vida aquática, quando são
larvas, os anfíbios respiram por brânquias, como os peixes. Quando
adultos, vivem em ambiente terrestre e realizam a respiração pulmonar.
Como os seus pulmões são simples e têm pouca superfície de contato para
as trocas gasosas, a respiração pulmonar é pouco eficiente, sendo
importante a respiração cutânea - processo de trocas de gases com o meio
ambiente através da pele.
A pele deve, necessariamente, estar
úmida, pois os gases não se difundem em superfícies secas. As paredes
finas das células superficiais da pele permitem a passagem do oxigênio
para o sangue. A pele dos anfíbios é bem vascularizada, isto é, com
muitos vasos sanguíneos.
Nutrição, digestão e excreção
Na fase adulta, que ocorre no ambiente terrestre, os anfíbios são carnívoros. Alimentam-se de minhocas, insetos, aranhas, e de outros vertebrados.
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A língua,
em algumas espécies de anfíbios é uma das suas características
adaptativas mais importantes. Os sapos caçam insetos em pleno vôo,
utilizando a língua que é presa na parte da frente da boca e não na
parte mais interna. Quando esticada para fora da boca, a língua desses
animais alcança uma grande distância, além de ser pegajosa, outro fator
facilitador na captura da presa.
Possuem estômago bem
desenvolvido, intestino que termina em uma cloaca, glândulas como fígado
e pâncreas. Seu sistema digestório produz substâncias capazes de
digerir a "casca" de insetos.
Os anfíbios fazem a sua excreção
através dos rins, e sua urina é abundante e bem diluída, isto é, há
bastante água na urina, em relação às outras substâncias que a formam.
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Circulação
Os anfíbios têm circulação fechada
(o sangue circula dentro dos vasos). Como ocorre mistura de sangue
venoso (rico em gás carbônico) e arterial (rico em oxigênio) a
circulação neste grupo de animais é do tipo incompleta. O coração dos
anfíbios é dividido em três cavidades: dois átrios ou aurículas e um ventrículo.

Reprodução
O lugar para a reprodução dos anfíbios
varia entre as espécies. Pode ser uma poça transitória formada após uma
chuva , um rio, lago ou um açude. Há também os que procriam na terra,
desde que seja bem úmida.
O acasalamento da maioria dos anfibios
acontece na água. O coaxar do sapo macho faz parte do ritual
"pré-nupcial". A fêmea no seu período fértil, é atraída pelo parceiro
sexual por meio do seu canto e do seu coaxar.
Esse
canto varia de acordo com a espécie. A maioria das espécies possuem dois
ou três tipos de cantos diferentes. Além do canto nupcial (que atrai as
parceiras), há os cantos de advertência com os quais o macho defende
seu território da aproximação de outros machos.
A fêmea com o corpo cheio de
óvulos é agarrada pelo macho com um forte "abraço". Esse "abraço" pode
levar dias, até que a fêmea lance os seus gametas (isto é, os seus
óvulos) na água. Então o macho também lança os seus espermatozóides, que
fecundam os óvulos, cujo desenvolvimento ocorre na água.
O sapo, a rã e a perereca realizam fecundação externa. A salamandra e a cobra-cega realizam fecundação interna.
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Nos numerosos ovos protegidos por uma
grossa camada de substâncias gelatinosa, que geralmente se prendem às
plantas aquáticas, as células vão se dividindo e formando embriões. Os
ovos fecundados eclodem e as larvas denominadas girinos, vivem e crescem na água até realizarem a metamorfose para a vida adulta.
Metamorfose
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A metamorfose
envolve uma série de transformações e é um processo bastante lento que
transforma o anfíbio jovem (girino) em adulto. Durante esse processo
desaparecem as brânquias e desenvolvem-se os pulmões. E surgem também as
patas no corpo do animal.
Nessa fase, os girinos se
alimentam primeiramente da própria gelatina que os envolve e depois de
algas e plantas aquáticas microscópicas.
Reproduzem-se através de ovos
moles e sem casca, postos na água ou em lugares encharcados, dando
origem a uma larva e depois a um adulto através do processo de
metamorfose. Existem exceções a essa regra, alguns deles são vivíparos.
Em geral, não existe cuidado com a prole dentre os anfíbios.
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São divididos em três grupos: os sapos, as rãs, as pererecas Anura, as salamandras Caudata e as cecílias Apoda.
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