Os platelmintos são vermes de corpo achatado dorso-ventralmente (platy= chato; helminto= verme), com simetria bilateral. Podem ser parasitas
ou de vida livre, estes podendo ocorrer nos mares, água doce ou em
ambientes terrestres úmidos. Como parasitas de seres humanos podemos
citar a tênia e o Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose.
Outros animais também podem ser parasitados como o boi, o porco, os
cachorros, gatos, etc. O corpo pode ou não possuir uma segmentação. A
maioria das espécies são monóicas. Existem aproximadamente 20 mil espécies descritas de platelmintos.
Embriologia

São acelomados (não possuem celoma) e triblásticos (possuem os três folhetos germinativos: ectoderme, mesoderme e endoderme). Possuem simetria bilateral.
A ectoderme dá origem ao revestimento externo, a mesoderme dá origem à
musculatura e ao parênquima, que é um tecido que preenche todo o espaço
entre o intestino e a parede do corpo. A endoderme dá origem ao
intestino e seu revestimento.
Tegumento
Os platelmintos possuem um epitélio simples, sendo a epiderme formada
por uma camada simples de células. As espécies parasitas apresentam uma
cutícula de proteção e, em alguns casos, ventosas para fixação. Alguns
apresentam cílios na região ventral, para fins de locomoção. Podem
possuir células mucosas, que produzem lubrificação para facilitar a
locomoção.
Digestão
Os sistema digestório dos platelmintos
é incompleto, ou seja, a boca é a única abertura para o exterior, não
possuindo ânus. A digestão pode ser intra ou extracelular. O intestino é
bastante ramificado, o que facilita a distribuição do alimento
digerido. O que não é utilizado na digestão é eliminado pela boca.
As planárias possuem a boca na região ventral e uma faringe protátil
(exteriorizada), o que facilita a captação de alimento, sugando.
As tênias não possuem sistema digestório, se alimentam por difusão, absorvendo os nutrientes pré-digeridos do hospedeiro.
Respiração
Platelminto da classe Turbellaria.
Não possuem sistema respiratório, e as trocas gasosas são feitas pela
epiderme, por difusão. Este tipo de respiração recebe o nome de
tegumentar ou cutânea e ocorre nas espécies de vida livre, pois as
parasitas fazem respiração anaeróbia.
Circulação
Os platelmintos não possuem sistema circulatório. O alimento digerido
é enviado para as células por difusão, graças a um intestino bem
ramificado, pois ele é gastrovascular.
Excreção
São os primeiros animais a apresentar sistema excretor:
o protonefrídio, que é formado por vários túbulos excretores com
células-flama. As células-flama são fundamentais neste sistema excretor.
Apresentam vários flagelos que promovem a movimentação dos fluidos,
fazendo com que eles sejam muito bem filtrados. Os resíduos caem em um
sistema de ductos ou túbulos, que se abrem para o exterior através de
estruturas chamadas nefridióporos, que são poros excretores. Estes poros
situam-se na superfície dorsal do corpo, lateralmente.
Esqueleto
Não possuem esqueleto.Sistema Nervoso
Apresentam um processo chamado cefalização, ou seja, uma cabeça com
estruturas nervosas e sensoriais. O sistema nervoso dos platelmintos é
chamado ganglionar, formado por dois gânglios nervosos, que estão
ligados a dois cordões nervosos ventrais e longitudinais, que são
ligados por comissuras transversais e que percorrem toda a região
ventral, até a parte posterior do verme.
As planárias de água doce possuem dois ocelos na região da cabeça, estruturas foto-receptoras. Estas estruturas não são capazes
de formar imagens, apenas perceber luz. Nas aurícolas, regiões laterais
da cabeça, estão presentes células quimiorreceptoras, capazes de
perceber várias substâncias químicas que se encontram dissolvidas na
água.
Musculatura
A musculatura é do tipo lisa, que favorece a movimentação e locomoção
do animal, podendo ter a colaboração de cílios, caso estejam presentes.
Essa musculatura lisa forma o túbulo músculo-dermático, que é uma
unidade funcional com a pele.
Sistema reprodutor
A reprodução varia de acordo com a
espécie. Muitos platelmintos são hermafroditas. Alguns se reproduzem por
partenogênese (desenvolvimento do embrião sem fecundação, de forma
assexuada). As planárias podem se reproduzir por fissão (ruptura de um
pedaço do corpo gerando outro) ou, até mesmo, de forma sexuada .
Exemplares

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